
Sei que assim como veio, de repente, também haverá de ir.
Acordei sentindo um certo mal estar da vida.
Mal o dia amanheceu e saí para caminhar, caprichei um pouco no visual, como se fosse por acaso encontrar alguém.
No caminho pensei nela, se pudesse vê-la, receber um abraço carinhoso, um afago, talvez eu me sentisse melhor...
Pensei em ligar, mas senti medo. Medo de que ao ouvir aquela voz carinhosa me chamando de amor eu caísse num pranto sem explicação...
Caminhei com o vento batendo no rosto, uma canção de amor tocando no fone e desejei não parar, não voltar, queria andar até aonde minhas pernas aguentassem, até onde Deus pudesse me acolher em seus braços e novamente me fizesse criança, ignorante à toda minha miséria de ser, ignorante à essa condição humana.
De repente já não caminhava, corria.
Corria de volta pra casa, de volta pros meus filhos!
E é só por eles que volto sempre.
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