
“Nenhum homem é uma ilha isolada; cada homem é uma partícula do continente, uma parte da terra... A morte de qualquer homem diminui-me, porque sou parte do gênero humano. E por isso não perguntes por quem os sinos dobram; eles dobram por ti”.
(John Donne)
Então, talvez seja isso.
A morte me intriga, me angustia, me diminui.
É um tapa na minha cara, uma afronta.
Eu me entristeço pela pessoa que se foi e não mais voltará, me entristeço pela inevitável saudades...
Mas me inconformo mesmo é com essa diminuição do meu ser, me inconformo com essa exposição do meu fim, da minha fragilidade como ser vivente.
Deus, o que é isso chamado vida?
O que é isso que mantêm o brilho dos olhos, que mantêm a pulsação, a função de cada orgão, um esqueleto de pé?
O que é isso que quando sai do corpo, em poucas horas transforma uma máquina magnífica, criada por um ser supremo, num amontoado de carne podre?
O que é???
Eu não sei, sei apenas que quando um ser humano morre, que quando dobra um sino é também por mim que ele dobra.
Dedicado à minha irmã Rute (in memorian)
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