
Não comerei da alface a verde pétala
Nem da cenoura as hóstias desbotadas
Deixarei as pastagens às manadas
E a quem maior aprouver fazer dieta.
Cajus hei de chupar, mangas-espadas
Talvez pouco elegantes para um poeta
Mas peras e maçãs, deixo-as ao esteta
Que acredita no cromo das saladas.
Não nasci ruminante como os bois
Nem como os coelhos, roedor; nasci
Omnívoro: dêem-me feijão com arroz
E um bife, e um queijo forte, e parati
E eu morrerei feliz, do coração
De ter vivido sem comer em vão.
Vinícius de Morais
PS: Adorável Vinícius, quisera eu dizer o mesmo.
E diria: chocolates ei de devorar, coca-cola aos litros beber...
Tudo isso se não ficasse deprimida quando em meu jeans eu não couber.
Então comerei da alface a verde pétala.
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