sábado, 6 de outubro de 2012

Angústia



Renúncia involuntária e as possibilidades me mantendo viva entre o desespero e a esperança.
Viver de abstrações dentro de uma vida tão concreta, regar ainda que com lágrimas todas minhas ilusões...
Cultivar o amor, cultivar o amor, cultivar o amor...
Mesmo que seus frutos nem sempre sejam doce, mesmo que às vezes a cica que ele me deixe na boca demore um tempo para sair, que me provoque insonias, alucinações se esvaindo e em minutos me jogando cruelmente na realidade massacrante da vida.
Transformar todos os momentos em obras de arte, desejo nietzschiano, surreal...
Arte...
Artifícios que uso para continuar, continuar....
Como mais poderia me manter viva senão pelo encanto da arte?
Se tudo me foi roubado ainda criança, se minha alma foi estilhaçada quando eu ainda nem a sabia, como mais poderei fazer suas suturas se não com a arte? a música, a poesia e tudo mais que alivia a dor desses cortes, como mais??
Deixem- me!
Eu renuncio a mim, para não renunciar a vida.



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